sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CÔNJUGES SEGUNDO OS PROPÓSITOS DE DEUS

MENSAGEM PASTORAL


O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido” (1ªCo. 7:3; leia Efésios5:22-33)

            Nas duas últimas oportunidades, vimos sobre a relevância do casamento e da família à luz dos propósitos de Deus. Na eternidade, sem dúvidas, Deus planejou a existência de uma família saudável, abençoada e fonte de bênçãos. No plano de Deus, uma família saudável começa com um casamento abençoado e, conforme já aprendemos, um casamento somente será abençoado e fonte geradora de uma família saudável, se os cônjuges estiverem comprometidos com a verdade, com a fidelidade, com a autenticidade, com a aceitação e com a santidade.
            Considerando o fato de a família ser a principal instituição idealizada por Deus, ao ponto de ser merecedora de destacada honra, fica claro que Deus tem papéis bem definidos para cada um dos seus membros. Em face da importância e indispensabilidade dos cônjuges para a estrutura básica da família, cujo relacionamento Deus comparou-o ao relacionamento entre Cristo e a Igreja, nesta pastoral, estudaremos o papel de cada cônjuge, conforme o plano eterno de Deus, exposto na Bíblia de maneira bem objetiva, senão vejamos:
            I - Sobre o papel do marido, basicamente,tem relação com duas responsabilidades: AMAR E LIDERAR.
            Quanto à responsabilidade de AMAR a Bíblia diz: “Maridos, amai vossa mulher” (amai – “αγαπαω” “agapáo” [de “αγαπη”-“ágape”]– modo imperativo, tempo presente e voz ativa – significa “receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente, estar satisfeito”). Trata-se de uma ordem enfática e urgente, que exige uma atitude ativa. Complementando a ordem, Deus também diz como deve ser o amor do marido para com a sua esposa. A saber: Deve ser um amor espiritual, como Cristo amou a Igreja” (Cristo amou a Igreja da seguinte forma: sem ser amado, com amor sacrificial, voluntariamente, com propósitos e, integralmente-totalmente); Deve ser um amor emocional, como a seus próprios corpos” (Amar “como a seus próprios corpos” significa, dentre outras responsabilidades, alimentar e cuidar e, à luz de 1ªPedro 3:7, deve ser feito com discernimento, consideração e dignidade.
            Quanto à responsabilidade de LIDERAR a Bíblia diz: “porque o marido é o cabeça da mulher (veja também 1ªCo. 11:3). Deus tem ordenado a família conforme o princípio de chefia. A palavra “cabeça” é usada como metáfora para designar “proeminência”, “degrau”, “ordem”, “posição”. Esta palavra não significa superioridade do homem sobre a mulher, até mesmo porque, na mesma analogia, o apóstolo não quer dizer que Deus é maior que Cristo, visto que Cristo é Deus, contudo, Deus Pai tem “proeminência” (uma posição de primazia) em relação ao Deus Filho. O apóstolo Paulo está falando de função e, nesse sentido, é função do marido ser o líder do lar (família). Assim sendo a pergunta é: Como deve ser esta liderança?
            Em essência, liderar é saber para onde vai e ser capaz de levar os liderados consigo, é fazer discípulos aptos para o trabalho, tendo o próprio exemplo como o maior e melhor recurso didático. A Bíblia, de maneira clara, ensina que os maridos devem exercer a liderança na família da seguinte forma: presente (ninguém pode ser líder estando ausente – liderança exige presença, participação, convivência, etc. Em se tratando de família, não dá para liderar à distância); estratégica (ter prioridades corretas: Espiritual antes do material, Pessoas antes de coisas, Esposa antes de sí mesmo, Esposa antes dos filhos, Filhos antes dos amigos, etc.); coerente e exemplar.
            II - Sobre o papel da esposa, basicamente, tem relação com duas responsabilidades: SUBMISSÃO e SANTIDADE.
            Quanto à SUBMISSÃO a Bíblia diz: “Vós, mulheres, sejam submissas a seus próprios maridos” (“submissas” - υποτασσω – “hupotasso” - modo imperativo, tempo presente, voz média [“a voz média indica o sujeito executando uma ação para si mesmo (ação reflexiva) ou para seu próprio benefício”], significa “organizar-se sob, subordinar-se ou sujeitar-se voluntariamente, colocar-se em sujeição, organizar-se sob o comando de um líder, “uma atitude voluntária de ceder, cooperar, assumir responsabilidade, e levar uma carga”. SUBMISSÃO é uma palavra composta, “sub” (debaixo) e “missão” (vocação, profissão, alvos). Biblicamente significa render obediência voluntária, inteligente e humilde a um líder, o qual Deus tem investido de autoridade.
            Assim sendo, podemos dizer que submissão não é: não ter opinião própria; não ter vontade própria (no caso da esposa, ser escrava do marido); não se desenvolver como indivíduo. E, por sua vez, submissão é: sentir-se amada e protegida; está sintonizada à missão do marido; e, somar em prol do desenvolvimento integral do lar (ser uma verdadeira auxiliadora).
            Quanto à SANTIDADE a Bíblia diz: [...] seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. [...] Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus”(leia 1ª Pe. 3:1-6). Segundo a orientação do apóstolo Pedro, a santidade desenvolvida pela esposa crente, não pode ser fictícia (de aparência), identificada por “frisado de cabelos”, “adereços de ouro”, “aparato de vestuário” (luxo dos vestidos), mas sim, uma santidade interior, do coração (de dentro para fora), demonstrada pelo “incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus”.
            Como se vê, a Bíblia é clara ao explicitar os papéis dos cônjuges conforme o plano eterno de Deus. Se cada um, com temor e tremor diante de Deus, cumprir a sua parte, certamente, teremos casamentos fortes e famílias sólidas e saudáveis, por conseguinte, a Igreja que é uma família de famílias, será uma grande bênção e cumprirá cabalmente a sua missão em meio ao verdadeiro avivamento.
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá

A FAMÍLIA SEGUNDO OS PROPÓSITOS DE DEUS

Mensagem Pastoral


“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4 – Leia Josué 24: 15; Atos 16: 31)

            Como recurso didático e com a intenção de nos auxiliar e nos orientar pedagogicamente, definimos o seguinte tema para o ano de 2011: “Igreja Presbiteriana de Cuiabá: Uma Família de Famílias Servindo ao Senhor”. Como os antigos reformadores, entendemos que a família é “mola mestra” para a boa estrutura e saúde espiritual da Igreja. De fato, uma Igreja somente será forte se for formada por famílias sólidas. Ao mesmo tempo em que a fiel exposição da Palavra, praticada pela Igreja, fortalece as famílias e ajuda-as a se edificarem saudáveis, as famílias, por sua vez, complementam e fortalecem a Igreja. Trata-se, indubitavelmente, de uma relação recíproca.
            Dentre os muitos desafios que temos para o ano de 2011, não tenho dúvidas de que a restauração e edificação da família é o mais relevante, urgente e inadiável.
            Assim sendo, dentre as muitas atividades que serão desenvolvidas tendo a família com alvo e pano de fundo, publicaremos, a partir desta edição, algumas pastorais sobre a família, com o objetivo de informar e equipar os crentes no caminho da restauração e edificação desse bem de valor inestimável, chamado família.
Não há dúvidas, A FAMÍLIA É A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO CRIADA POR DEUS; e, como tal, é a instituição mais atacada e vilipendiada em nossos dias. De todas as formas e por todos os modos, as forças inimigas da família tentam destruí-la.
            Todas as famílias se estruturam com força e solidez, sob e a partir de casamentos fortes. O casamento abençoado e solidificado está na base da família saudável. Por isso, em nossa luta em favor das famílias, devemos começar pela restauração do casamento. Em outras palavras, a restauração da FAMÍLIA começa com um casamento abençoado. Quando um homem e uma mulher decidem-se unir pelos laços do matrimônio, visando a formação de uma família, precisam entender claramente o que significa casamento. Precisam, também, ter disposição para pagar o preço (que não é pequeno), para a estrutura e felicidade no casamento.
            No Antigo Testamento, a palavra comumente usada para casamento, “UNIR-SE”, (Gênesis 2:24 – דבק  “dabaq” - Hebraico),  significa, literalmente, “grudar-se a”, “colar”, “permanecer junto”, “unir-se”, “manter-se próximo”, “juntar-se a”, “permanecer com”, “seguir de perto”, “alcançar”, “pegar”, “cimentar.” A Ideia é unir para se tornar um!
            No Novo Testamento, a palavra comumente usada para casamento “BODAS”-“CASAR” (γαμος “gamos”), significa, literalmente, “encaixar”, “conexão” “formar um par”.
            É por estes e outros motivos, que no plano eterno de Deus, o casamento é indissolúvel. É eterno nesta existência. Como na outra existência, não haverá casamentos, ele é eternamente eterno.
                  Como cristãos precisamos entender (e ver) as responsabilidades do casamento como desafios positivos e não como deveres sem sentido e, desta forma, procurar transformar a família num lugar de bênçãos e não numa fábrica de mutilados psicológicos. É mister que comecemos pró ativamente assentando alguns tijolos (pedras angulares) indispensáveis para o desenvolvimento de um casamento sólido e abençoado e, consequentemente, para a construção de uma família saudável. Ei-los:
1. COMPROMISSO COM A VERDADE SEMPRE. Casamento é uma aliança, é um pacto, e como tal, somente se manterá forte se for estruturado sobre o pilar da verdade. Em Hebreus 13:4 quando e escritor da epístola diz “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”, ele usa a palavra “honra” com o significado de: “cheio de valor”, “precioso”, “estimado”, “especialmente querido”. Desta forma, algo de tão grande valor, somente poderá ser relevante se construído sobre a verdade (Salmo 15:1-2; Efésios 4:25); 2. FIDELIDADE (CONFIANÇA). No mesmo texto de Hebreus, após qualificar o casamento (matrimônio) como digno de honra, o escritor, da mesma forma, identifica como “leito sem mácula” e arremata dizendo: “Deus julgará os impuros e adúlteros”. Leito sem mácula” significa, literalmente, “leito matrimonial”, “coabitação”, “relação sexual”, “lugar não manchado”. Fica claro que o compromisso com a fidelidade transcende os votos entre marido e mulher, tem relação direta com Deus; 3. AUTENTICIDADE. Escrevendo aos Romanos (12:9) o apóstolo Paulo ensinou que o amor tem que ser “sem hipocrisia”, ou seja, “não fingido, franco, sincero, sem dissimulação”. Em outras palavras, no casamento devemos ser o mesmo por fora e por dentro; 4. ACEITAÇÃO. Querer mudar o cônjuge sempre será um esforço inútil. Em Filipenses 2:3-4, Paulo diz: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”. Certamente, a aceitação mútua é um dos segredos da felicidade no casamento. Portanto, querer mudar o cônjuge é uma luta inglório. Somente o Espírito Santo de Deus pode mudar alguém; 5. SANTIDADE. De tudo que acima foi dito, o mais importante é que o casamento seja edificado sobre a rocha que é Cristo, para que a família não seja um “castelo de areia” (Mateus 7:26), visto que,  Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam” (Salmo 127:1). Deus abençoe os casamentos e os casados! Com casamentos fortes e famílias sólidas, o verdadeiro avivamento virá!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nossa visão sobre os Grupos Pequenos

            Os grupos pequenos desde os primórdios da Igreja Cristã têm sido usados como poderosas ferramentas para a evangelização, discipulado, pastoreio e edificação da Igreja. Sem dúvidas, a despeito dos exageros, das inovações antibíblicas praticadas em muitos arraiais evangélicos, neo-evangélicos e pseudo-evangélicos, a relevância e indispensabilidade dos grupos pequenos são indiscutíveis.
            De fato, o “Evangelhodas insondáveis riquezas de Cristo” deve ser sempre anunciado, quer seja publicamente, como também, de casa em casa. A Igreja deve “testificar tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo]”. Em face desse sublime compromisso, os grupos pequenos, formados de 7 a 14 pessoas, que se reúnem de forma regular (normalmente uma reunião semanal), preferencialmente nas casas, para meditar na Bíblia, aprofundar seu relacionamento com Jesus e com as pessoas do grupo, indubitavelmente, se tornam grandes bênçãos no ministério de qualquer pastor e para a vida da Igreja.
            No caso da nossa Igreja Presbiteriana de Cuiabá (IPC), os nossos grupos pequenos existem com o objetivo principal de oferecer a cada frequentador ou membro da IPC, a possibilidade de “conhecer e prosseguir no conhecimento do Senhor Jesus”, de ter uma experiência real com Ele, e desenvolver relacionamentos pessoais saudáveis e de testemunho, a partir da experiência de estudar a Bíblia sistematicamente, na companhia de pessoas que também querem levar Deus a sério, num ambiente informal sem perder a reverência, propício ao desenvolvimento do conhecimento e cuidado mútuos, onde todos os membros do grupo “seguindo a verdade em amor, [cresçam] em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef. 4:15-16).
            Basicamente, entendemos que o segredo do sucesso dos grupos pequenos está nos seguintes princípios inegociáveis para a nossa Igreja, a saber:
1.      Compromisso com a Bíblia. Para nós a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, única regra de fé e prática para o crente, poderoso meio de graça, pelo qual os membros dos grupos crescem e se fortalecem. Por isso, tudo nos grupos pequenos gira em torno da Bíblia, na essência, eles existem para propiciar um espaço mais doméstico para o estudo da Bíblia e assim, suprir eventuais deficiências docentes da Igreja;
2.      Compromisso com a Oração. Cremos que a oração também é um meio de graça, pelo qual “o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo e, é indispensável na devoção pessoal”.Na visão do apóstolo Paulo é por meio da oração que o crente experimenta a paz e a consolação de Deus, bem como, se renda à Sua vontade (Filipenses 4:6-7);
3.      Compromisso com a Evangelização. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” sempre será uma ordem inegociável para Deus, portanto, sempre será a missão precípua da Igreja. “Levar para o Caminho os que estão a caminho, e torná-los verdadeiros seguidores de Jesus” deve ser compromisso dos grupos pequenos. Todo grupo tem que procurar as melhores formas para evangelizar e crescer. A falta da evangelização, certamente, será fatal para qualquer grupo;
4.      Compromisso com a Comunhão Integral. Quando o apóstolo João diz“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” ele está ratificando as palavras do apóstolo Paulo, quando fala de “exortação em Cristo, consolação de amor, comunhão do Espírito, entranhados afetos e misericórdias”. Comunhão Integral significa amar, perdoar, consolar, exortar, encorajar e cooperar mutuamente, levando “as cargas uns dos outros”. Nos grupos pequenos tal tarefa, certamente, se torna mais amena e consequentemente, mais eficaz;
5.      Compromisso com o Serviço (Testemunho vivo). Sabemos que a missão da Igreja no mundo é ser como Cristo em tudo. Assim, pois, ao levar às últimas consequências o exemplo de Cristo na encarnação, a Igreja não poderá fazer menos que se fazer consciente do contexto social e político dentro do qual se movimentam os que ouvem a sua mensagem. Isto somente poderá ser cumprido se a Igreja encarnar o seu papel de ser uma comunidade de homens no meio dos homens, o que exigirá um caráter sacrificial de ENTREGA E SERVIÇO. Os que são de Cristo têm o espírito de serviço de Cristo! A vida nova com Cristo significa uma atitude nova diante de Deus e do próximo, uma nova maneira de ver as coisas.  Os grupos proporcionarão a oportunidade dos membros aprofundarem mais na dimensão total da mudança que Cristo opera na vida dos Seus escolhidos.

            Finalizando, na IPC entendemos que os grupos pequenos, com líderes bem formados e coordenados, focados na visão pré-estabelecida (nunca independentes da Igreja), serão de incomparável valor para auxiliar a Igreja no cumprimento integral da sua missão, além de contribuírem para a integração dos novos membros, para formação de novos líderes, bem como, para o discipulado que transforma e prepara o crente para ser diferente e fazer a diferença. É assim que vemos os grupos pequenos e é assim que eles existem e são ferramentas abençoadas por Deus em nossa Igreja. Toda glória ao Trino Deus.
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB de Cuiabá

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

UMA ESCOLA DIFERENTE

UMA ESCOLA DIFERENTE


            Não há dúvidas de que a Escola Bíblica Dominical é uma Escola diferente! Criada há 231 anos na cidade de Gloucester, sul da Inglaterra, pelo jornalista episcopal Robert Raikes (1735-1811). Normalmente, atribui-se à “escolinha” de Raikes (1780) o início do que hoje denominamos de Escola Bíblica Dominical.
            No início, Robert Raikes pretendia, a partir de um profundo compromisso confessional, atender crianças em situação de vulnerabilidade social (crianças socialmente exploradas nas minas de carvão de segunda a sábado), oferecendo-lhes ensino das disciplinas seculares (matemática, história e a língua vernácula), além do ensino religioso. A intenção inicial era profundamente motivada por um desejo social de ser diferente e de fazer a diferença.
            A iniciativa de Raikes foi um grande e abençoado sucesso e recebeu total apoio de muitas Igrejas, principalmente entre os Metodistas e, já em 1788 a Escola Bíblica Dominical possuía, só na Inglaterra, mais de 250 mil alunos matriculados.


            Rapidamente a Escola Bíblica Dominical chegou aos Estados Unidos da América, onde passou a existir na maioria das Igrejas e se tornou extremamente forte desenvolvendo um conteúdo curricular essencialmente Bíblico, objetivando prioritariamente a aprendizagem da Palavra de Deus, a edificação espiritual, o discipulado, a integração e a evangelização. Certamente, a EBD foi uma das ferramentas que Deus mais usou para a eclosão do grande avivamento e da expansão missionária americana no século XIX.
            Como resultado do grande avivamento do século XIX, o Evangelho de Jesus Cristo chegou ao Brasil e, com ele, a Escola Bíblica Dominical.
            Segundo o Professor, Rev. Dr. Herminsten Maia, a primeira Escola Dominical no Brasil dirigida em português, foi organizada no dia 01 de maio de 1836 pelo Rev. Fountain E. Pitts, missionário da Sociedade Missionária da Igreja Metodista Episcopal (IME), o qual consignou o seguinte relato: “[...] Conseguimos organizar uma escola dominical, denominada Escola Dominical Missionária Sul-Americana, auxiliar da União das Escolas Dominicais da Igreja Metodista Episcopal [...] Mais de 40 crianças e jovens se tornaram interessados nela [...] Está dividida em oito classes com quatro professores e quatro professoras. Nós nos reunimos às 16h30min aos domingos. Temos duas classes de pretos, uma fala inglês, a outra português. Atualmente parecem muito interessados e ansiosos por aprender [...]”.
            A partir do Rev. Pitts, em 1836, a Escola Bíblica Dominical ganha raízes com o Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888 – Missionário Congregacional – 1ª EBD 19/08/1855), e se consolida com o Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867 – Missionário Pioneiro Presbiteriano - 1ª EBD 22/04/1860) e não parou mais de crescer, sendo na realidade, o grande instrumento de Deus para a expansão e consolidação da Igreja Evangélica no Brasil.
            Sabemos que a grande proposta e alvo do cristianismo é a formação do caráter de Cristo nas pessoas, transformando-as em verdadeiros cristãos, preparados para serem diferentes e para fazerem a diferença, a despeito da indiferença circundante. E, nesse sentido, a Escola Bíblica Dominical, com uma proposta comprometida com Deus e a Sua Palavra, objetivando despertar nos alunos o amor e o comprometimento incondicional com a busca da verdade, estimulando-os a viver um cristianismo prático, por meio de posicionamentos claros e objetivos, em nada negociando os princípios eternos da Palavra de Deus, certamente, se reveste de incomparável relevância e indispensabilidade.
            Especialmente em nossos dias, uma Igreja que pretende “anunciar todos os desígnios de Deus” e ser relevante em seu tempo, não poderá dispensar os benefícios da EBD. Como diz a Bíblia, não tenho dúvidas de que o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”, bem como, que todos os homens, de todos os lugares, precisam conhecê-lo em sua totalidade e, compete à Igreja fazê-lo conhecido (Oséias 6:3). “À Igreja cabe a responsabilidade intransferível de pregar o Evangelho a toda criatura”.
            Por esse e outros motivos, a Escola Bíblica Dominical se torna diferente de todas as demais escolas. Nela temos o nosso caráter transformado e fundamentado pela conformação com o caráter de Cristo e somos formados para o presente e para o futuro, ou seja, o que aprendemos na EBD marcará a nossa existência por toda a eternidade.
            Assim, na Escola Dominical, a Escola Diferente das outras, aprendemos lições importantes que as outras Escolas não ensinam. Por isso, vale a pena frequentar a Escola Bíblica todos os domingos, onde o livro texto é a Palavra de Deus, que contém as verdades que se aplicam a toda a nossa vida, durante toda a nossa existência. Sem conhecer e praticar essas verdades, nossa vida perderá o significado, por mais que aprendamos em outros lugares e por mais bem sucedidos que sejamos em outras áreas.
            Neste sentido, a Escola Dominical é única. Não há outra igual!
            Seja aluno da Escola Bíblica Dominical, usufrua dessa grande bênção. Matricule-se!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CASAMENTO ABENÇOADO: O COMEÇO DE UMA FAMÍLIA SAUDÁVEL


“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4 – Leia Josué 24: 15; Atos 16: 31)

            Como recurso didático e com a intenção de nos auxiliar e nos orientar pedagogicamente, definimos o seguinte tema para o ano de 2011: “Igreja Presbiteriana de Cuiabá: Uma Família de Famílias Servindo ao Senhor”. Como os antigos reformadores, entendemos que a família é “mola mestra” para a boa estrutura e saúde espiritual da Igreja. De fato, uma Igreja somente será forte se for formada por famílias sólidas. Ao mesmo tempo em que a fiel exposição da Palavra, praticada pela Igreja, fortalece as famílias e ajuda-as a se edificarem saudáveis, as famílias, por sua vez, complementam e fortalecem a Igreja. Trata-se, indubitavelmente, de uma relação recíproca.
            Dentre os muitos desafios que temos para o ano de 2011, não tenho dúvidas de que a restauração e edificação da família é o mais relevante, urgente e inadiável.
            Assim sendo, dentre as muitas atividades que serão desenvolvidas tendo a família com alvo e pano de fundo, publicaremos, a partir desta edição, algumas pastorais sobre a família, com o objetivo de informar e equipar os crentes no caminho da restauração e edificação desse bem de valor inestimável, chamado família.
Não há dúvidas, A FAMÍLIA É A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO CRIADA POR DEUS; e, como tal, é a instituição mais atacada e vilipendiada em nossos dias. De todas as formas e por todos os modos, as forças inimigas da família tentam destruí-la.
            Todas as famílias se estruturam com força e solidez, sob e a partir de casamentos fortes. O casamento abençoado e solidificado está na base da família saudável. Por isso, em nossa luta em favor das famílias, devemos começar pela restauração do casamento. Em outras palavras, a restauração da FAMÍLIA começa com um casamento abençoado. Quando um homem e uma mulher decidem-se unir pelos laços do matrimônio, visando a formação de uma família, precisam entender claramente o que significa casamento. Precisam, também, ter disposição para pagar o preço (que não é pequeno), para a estrutura e felicidade no casamento.
            No Antigo Testamento, a palavra comumente usada para casamento, “UNIR-SE”, (Gênesis 2:24 – דבק  dabaq” - Hebraico),  significa, literalmente, “grudar-se a”, “colar”, “permanecer junto”, “unir-se”, “manter-se próximo”, “juntar-se a”, “permanecer com”, “seguir de perto”, “alcançar”, “pegar”, “cimentar.” A Ideia é unir para se tornar um!
            No Novo Testamento, a palavra comumente usada para casamento “BODAS”-“CASAR” (γαμοςgamos”), significa, literalmente, “encaixar”, “conexão” “formar um par”.
            É por estes e outros motivos, que no plano eterno de Deus, o casamento é indissolúvel. É eterno nesta existência. Como na outra existência, não haverá casamentos, ele é eternamente eterno.
                  Como cristãos precisamos entender (e ver) as responsabilidades do casamento como desafios positivos e não como deveres sem sentido e, desta forma, procurar transformar a família num lugar de bênçãos e não numa fábrica de mutilados psicológicos. É mister que comecemos pró ativamente assentando alguns tijolos (pedras angulares) indispensáveis para o desenvolvimento de um casamento sólido e abençoado e, consequentemente, para a construção de uma família saudável. Ei-los:
1. COMPROMISSO COM A VERDADE SEMPRE. Casamento é uma aliança, é um pacto, e como tal, somente se manterá forte se for estruturado sobre o pilar da verdade. Em Hebreus 13:4 quando e escritor da epístola diz “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”, ele usa a palavra “honra” com o significado de: “cheio de valor”, “precioso”, “estimado”, “especialmente querido”. Desta forma, algo de tão grande valor, somente poderá ser relevante se construído sobre a verdade (Salmo 15:1-2; Efésios 4:25); 2. FIDELIDADE (CONFIANÇA). No mesmo texto de Hebreus, após qualificar o casamento (matrimônio) como digno de honra, o escritor, da mesma forma, identifica como “leito sem mácula” e arremata dizendo: “Deus julgará os impuros e adúlteros”. Leito sem mácula” significa, literalmente, “leito matrimonial”, “coabitação”, “relação sexual”, “lugar não manchado”. Fica claro que o compromisso com a fidelidade transcende os votos entre marido e mulher, tem relação direta com Deus; 3. AUTENTICIDADE. Escrevendo aos Romanos (12:9) o apóstolo Paulo ensinou que o amor tem que ser “sem hipocrisia”, ou seja, “não fingido, franco, sincero, sem dissimulação”. Em outras palavras, no casamento devemos ser o mesmo por fora e por dentro; 4. ACEITAÇÃO. Querer mudar o cônjuge sempre será um esforço inútil. Em Filipenses 2:3-4, Paulo diz: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”. Certamente, a aceitação mútua é um dos segredos da felicidade no casamento. Portanto, querer mudar o cônjuge é uma luta inglório. Somente o Espírito Santo de Deus pode mudar alguém; 5. SANTIDADE. De tudo que acima foi dito, o mais importante é que o casamento seja edificado sobre a rocha que é Cristo, para que a família não seja um “castelo de areia” (Mateus 7:26), visto que,  Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam” (Salmo 127:1). Deus abençoe os casamentos e os casados! Com casamentos fortes e famílias sólidas, o verdadeiro avivamento virá!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

A RECOMPENSA DA SANTIDADE


“3 Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? 4 O que é limpo de mãos e puro de coração,  que não entrega a sua alma à falsidade,  nem jura dolosamente. 5 Este obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação” (Salmo 24: 3-5).

            Face à nossa convicção de que a Igreja, para cumprir eficazmente a sua missão, precisa experimentar um grande e genuíno avivamento, nas últimas seis pastorais publicadas em nosso boletim, tratamos da santidade pessoal, psicossomática e prática, como condição ‘sinequanon’, sem a qual, a Igreja não será diferente e não fará a tão desejada diferença.
            Aprendemos que a santidade é pessoal, mas não é exclusividade de uma pessoa, é proposta de Deus para todos os crentes. Vimos que ela exige o pagamento do alto preço de uma mudança radical, uma literal mudança de reino, incluindo o domínio sobre o corpo, alma, vontade, hábitos e pensamentos, que começa na mente e se torna conhecido pelas ações.
            Do ponto de vista teológico destacamos que a santificação é o processo e a santidade o resultado desse processo. “Através da santificação, o cristão se torna santo e adquire santidade”. Conforme expressa o teólogo reformado Louis Berkhof (1873-1957): “santificação é a graciosa e contínua operação do Espírito Santo mediante a qual ele purifica o pecador, renova toda a sua natureza segundo a imagem de Deus e o capacita a praticar boas obras”. E, como diz o professor e historiador da IPB, Rev. Dr. Alderi Matos: “a santificação naturalmente leva a uma vida de boas obras (os frutos da santificação). As boas obras dos crentes não são meritórias, embora Deus prometa recompensá-las com uma recompensa da livre graça”.
            Destacamos, também, que a santidade (o propósito da santificação) é gradual e envolve dois aspectos, sendo um positivo e outro negativo, a saber: o “despir do velho homem com os seus feitos” e, o “revestir do novo homem criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.
            O renomado teólogo contemporâneo J. I. Packer (1926 - Autor de vários livros e, entre os publicados em português estão: “A oração do Senhor”, “Havendo Deus falado”, “Religião vida mansa”, “A redescoberta da santidade” e “Nunca perca a esperança” – todos publicados pela nossa Editora Cultura Cristã) muito bem, sintetiza os seguintes princípios sobre a santidade: “1). A natureza da santidade é transformação através da consagração (Rm 12.1s); 2). O contexto da santidade é a justificação por meio da fé em Cristo; 3). A raiz da santidade é a crucificação e a ressurreição com Cristo; 4). O agente da santidade é o Espírito Santo que habita no crente (o poder de Deus); 5). A experiência da santidade exige esforço e conflito (o valor das provações); 6). A regra da santidade é a lei de Deus (obediência); 7). O coração da santidade é o espírito de amor”.
            A nossa Confissão de Fé (Westminster) com profundidade resume a teologia da santificação com as seguintes palavras: “I. Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são, além disso, santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus. II. Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne. III. Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que ficam, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, a parte regenerada do homem novo vence, e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (CAP. XIII).
            Diante de tudo que estudamos, a conclusão é que o único caminho, que verdadeiramente, agrada a Deus é o caminho da santidade. E, na realidade, a decisão, a responsabilidade e o privilégio de ser santo são nossos e, experimentar a plenitude de gozo e alegria que Cristo prometeu àqueles que vivem uma vida de obediência, é a nossa mais valiosa recompensa. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens” (Romanos 14:17-18).
            Finalmente, sobre a recompensa da santidade, concluímos com as palavras de Jesus: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15:10-11). Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

SEDE SANTOS, COMPLETAMENTE!


As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” (Salmo 19:14 - Leia Romanos 6:19; 2ª Coríntios 7:1 e 1ª Coríntios 9:1-27)

     
      Enfática e taxativamente a Bíblia diz: “Sede santos” e, explica: “porque Eu sou santo”. Não há dúvidas de que a Bíblia está falando de uma santidade psicossomática (uso esse termo conforme definição do Dicionário Aurélio: “Pertencente ou relativo, simultaneamente, aos domínios orgânico e psíquico”), ou seja, uma santidade que inclui o domínio sobre nosso corpo, alma, vontade, hábitos e pensamentos. Aliás, os nossos pensamentos são tão importantes para Deus, quanto as nossas ações e, portanto, são absolutamente conhecidos por Ele (Salmo 139:1-4).
            Como templo do Espírito Santo, devemos glorificar a Deus por completo, tudo que há em nós precisa estar sob o domínio do Espírito, por isso, a oração do salmista, precisa se transformar em nosso desejo e desafio diuturnamente, a saber: que “as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!”.
            É fato que os nossos apetites naturais foram criados por Deus e, na essência, não são pecaminosos, contudo, se os deixarmos sem o devido controle, rapidamente se transformarão em instrumentos de iniquidades e, como diz o apóstolo João em sua primeira epístola no capítulo 2: “16porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
            Logo, fortalecido pela força do poder de Deus, devemos sempre buscar e ter o domínio sobre o nosso corpo, bem como, sobre as nossas demais faculdades. Susana Wesley escreveu: “o que quer que aumente a força e autoridade do nosso corpo sobre a mente, isso é pecado”.
            Temos visto ao longo das pastorais anteriores, que a santidade é pessoal e deve ser praticada, e, tem que ser fruto de uma atitude de diligente obediência em todas as áreas da vida. Nesse sentido, além de fugirmos da tentação e da aparência do mal, temos que dar passos positivos e efetivos rumo à santidade. Em provérbios 27:12 o sábio diz: “O prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena”.
            Como atitude positiva, também, as palavras de John Owen (Teólogo Reformado Inglês 1616-1683): “trabalhar para conhecer as ocasiões e êxitos do pecado é o princípio para combatê-lo” e “o alvo da tentação é desonrar a Deus e abater a alma”.
            Devemos sempre nos lembrar de que Deus está interessado em regular tanto a nossa conduta externa, como também, a nossa disposição interna. Nesse sentido, não somente matar alguém é pecado, como também, odiar um semelhante. Por isso, o mesmo Deus que ordena não matar, também ordena não odiar, nem os inimigos.
            É verdade quando se diz: “a santidade começa na mente e se expressa por meio de ações”, o mesmo acontece com o pecado, também, começa na mente e se torna conhecido pelas ações. Daí a recomendação de Paulo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”; bem como, o seu contundente alerta: 3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. 5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Efésios 5:3-6).
            À luz de tudo que já foi dito, fica claro que a santidade pessoal e prática é um desafio psicossomático, ou seja, devemos ser santos por completo. Devemos guardar a mente e as emoções, bem como, combater os hábitos de pecados que estão dentro de nós. “A batalha pela santidade tem que ser travada em duas frentes, interna e externa, somente assim, veremos progresso no sentido da santidade”.
            Finalizando, nunca é demais ressaltar que no caminho da santidade não há atalhos e o segredo do sucesso está nas palavras do salmista: “9 De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra. 10 De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos. 11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119), bem como, nas recomendações do apóstolo Paulo: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2ª Coríntios 7:1). Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

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