sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A SANTIDADE SEMPRE É PRÁTICA



13 “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Leia Romanos 8: 12-17; 14:7-12 e Colossenses 3: 5-11).

            Indubitavelmente, a santidade sempre é prática! Deus chamou os crentes para serem diferentes e fazerem a diferença neste mundo indiferente. O crescimento na santidade pessoal, além de exigir mudanças radicais, também exige que tais mudanças sejam vivenciadas na prática. Santidade é “modus vivendi”, é cristianismo na prática!
            Como temos aprendido, por meio das pastorais anteriores, em Cristo os crentes estão mortos para o pecado e, portanto, não podem deixar o pecado reinar em seus corpos mortais. Quando Paulo diz “morto para o pecado”, ele quer dizer que os crentes morreram para o domínio do pecado, por isso determina: “não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal”. Fica subentendido que esta responsabilidade é do crente.
            Deus já providenciou o necessário para a santidade do crente e, deu-lhe concomitantemente, a responsabilidade de batalhar por ela. Por meio do poder do Espírito Santo, e de acordo com a nova natureza que Ele dá, o crente deve mortificar as obras más do corpo (Rm 8:13). Na essência, tal trabalho é, ao mesmo tempo, trabalho do Espírito Santo e trabalho do crente. O Novo Testamento não deixa qualquer dúvida de que a santidade (enquanto crentes) é de nossa responsabilidade. Deus já nos capacitou para isso, agora é conosco.
            A Bíblia não deixa dúvidas de que é responsabilidade direta do crente viver uma vida santa. "Mortificardes", "fazei pois morrer", "reduzindo à escravidão", "deixando o pecado e correndo com perseverança a carreira cristã", "sujeitando pois a Deus e resistindo ao diabo", "revesti-vos", "procurai que dele sejais achados imaculados", são expressões que inundam o Novo Testamento e reafirmam contundentemente a responsabilidade pessoal de cada crente no processo da santificação.
            "Mortificardes" ("fazei pois morrer" - "Mortificai"), significa, literalmente, "destruir a força, a vitalidade ou funcionamento de", "dominar ou amortecer". Mortificar as obras do corpo é, portanto, destruir a força e a vitalidade do pecado quando ele tenta reinar em nosso corpo mortal.
            Entretanto, nunca é demais repetir que a mortificação deve ser realizada pela força e sob a direção do Espírito Santo. Ele é que dá vida e força aos esforços dos crentes.
            Para vencer o pecado e experimentar a santidade pessoal na prática e, desta forma, ser diferente e fazer a diferença, todo crente precisa vivenciar quatro atitudes básicas indispensáveis, a saber: 1). Convicção - é necessário ter absoluta certeza de que a santificação é o grande propósito de Deus para os Seus servos, e que, sem a santificação ninguém poderá agradá-lo (Hebreus 12:14);  2). Entrega - (Lucas 14:33) - O caminho da santificação é uma questão de entrega. A pergunta básica para o crente é: "estou disposto a renunciar aquilo que me mantém afastado da santidade?". É neste ponto de entrega que muitos falham. “[...] educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente”(Tito2:12); 3). Determinação - Perseverar sempre–“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2ª Timóteo 3:12). O caminho da santidade exige esforço, determinação, resignação. Os velhos desejos e hábitos pecaminosos não se desalojam facilmente. Para exterminá-los é preciso muita persistência e, quase sempre, esse caminho é muito doloroso; 4). Obediência - sem obediência irrestrita, ninguém poderá trilhar o cominho da santidade. O apóstolo Paulo assim escreveu aos Romanos: “mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregue” (Rm 6:17), e, aos Gálatas da seguinte forma: “vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?” (Gl 5:7).
            Por outro lado, na luta contra o pecado existem situações difíceis e que deixam muitos crentes em dúvidas e, por vezes, muitos erram o alvo nesses momentos. Por isso, nesses delicados e difíceis momentos, antes de tomar qualquer decisão, o crente deveria fazer a si mesmo, dentre outras, pelo menos as seguintes perguntas: O que pretendo fazer (ou deixar de fazer): É ético? (é benéfico do ponto de vista espiritual, física, intelectual e socialmente?). O crente nunca pode se esquecer das recomendações do apóstolo Paulo, "todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm" (Rm 6:12); Vai me dominar? Até que ponto posso me envolver? Disse Paulo: "todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas"; Vai ferir outros? Até que ponto não serei causa de tropeço para o meu irmão? Mais uma vez ouçamos o apóstolo Paulo: “[...] por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo” (Rm 8:13); e, Vai glorificar a Deus? A resposta à primeira pergunta do catecismo de Westminster diz que “o finalidade principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”, daí todas as decisões do crente tem que visar a glória de Deus, conforme conclui Paulo: “portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (Rm 10:31).
            Finalizando, existe um princípio infalível, a ser usado nos momentos de dúvidas: "nunca fazer nada (hoje), que não pudesse ser feito na última hora da vida.” Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

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