Mensagem Pastoral
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4 – Leia Josué 24: 15; Atos 16: 31)
Como recurso didático e com a intenção de nos auxiliar e nos orientar pedagogicamente, definimos o seguinte tema para o ano de 2011: “Igreja Presbiteriana de Cuiabá: Uma Família de Famílias Servindo ao Senhor”. Como os antigos reformadores, entendemos que a família é “mola mestra” para a boa estrutura e saúde espiritual da Igreja. De fato, uma Igreja somente será forte se for formada por famílias sólidas. Ao mesmo tempo em que a fiel exposição da Palavra, praticada pela Igreja, fortalece as famílias e ajuda-as a se edificarem saudáveis, as famílias, por sua vez, complementam e fortalecem a Igreja. Trata-se, indubitavelmente, de uma relação recíproca.
Dentre os muitos desafios que temos para o ano de 2011, não tenho dúvidas de que a restauração e edificação da família é o mais relevante, urgente e inadiável.
Assim sendo, dentre as muitas atividades que serão desenvolvidas tendo a família com alvo e pano de fundo, publicaremos, a partir desta edição, algumas pastorais sobre a família, com o objetivo de informar e equipar os crentes no caminho da restauração e edificação desse bem de valor inestimável, chamado família.
Não há dúvidas, A FAMÍLIA É A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO CRIADA POR DEUS; e, como tal, é a instituição mais atacada e vilipendiada em nossos dias. De todas as formas e por todos os modos, as forças inimigas da família tentam destruí-la.
Todas as famílias se estruturam com força e solidez, sob e a partir de casamentos fortes. O casamento abençoado e solidificado está na base da família saudável. Por isso, em nossa luta em favor das famílias, devemos começar pela restauração do casamento. Em outras palavras, a restauração da FAMÍLIA começa com um casamento abençoado. Quando um homem e uma mulher decidem-se unir pelos laços do matrimônio, visando a formação de uma família, precisam entender claramente o que significa casamento. Precisam, também, ter disposição para pagar o preço (que não é pequeno), para a estrutura e felicidade no casamento.
No Antigo Testamento, a palavra comumente usada para casamento, “UNIR-SE”, (Gênesis 2:24 – דבק “dabaq” - Hebraico), significa, literalmente, “grudar-se a”, “colar”, “permanecer junto”, “unir-se”, “manter-se próximo”, “juntar-se a”, “permanecer com”, “seguir de perto”, “alcançar”, “pegar”, “cimentar.” A Ideia é unir para se tornar um!
No Novo Testamento, a palavra comumente usada para casamento “BODAS”-“CASAR” (γαμος “gamos”), significa, literalmente, “encaixar”, “conexão” “formar um par”.
É por estes e outros motivos, que no plano eterno de Deus, o casamento é indissolúvel. É eterno nesta existência. Como na outra existência, não haverá casamentos, ele é eternamente eterno.
Como cristãos precisamos entender (e ver) as responsabilidades do casamento como desafios positivos e não como deveres sem sentido e, desta forma, procurar transformar a família num lugar de bênçãos e não numa fábrica de mutilados psicológicos. É mister que comecemos pró ativamente assentando alguns tijolos (pedras angulares) indispensáveis para o desenvolvimento de um casamento sólido e abençoado e, consequentemente, para a construção de uma família saudável. Ei-los:
1. COMPROMISSO COM A VERDADE SEMPRE. Casamento é uma aliança, é um pacto, e como tal, somente se manterá forte se for estruturado sobre o pilar da verdade. Em Hebreus 13:4 quando e escritor da epístola diz “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”, ele usa a palavra “honra” com o significado de: “cheio de valor”, “precioso”, “estimado”, “especialmente querido”. Desta forma, algo de tão grande valor, somente poderá ser relevante se construído sobre a verdade (Salmo 15:1-2; Efésios 4:25); 2. FIDELIDADE (CONFIANÇA). No mesmo texto de Hebreus, após qualificar o casamento (matrimônio) como digno de honra, o escritor, da mesma forma, identifica como “leito sem mácula” e arremata dizendo: “Deus julgará os impuros e adúlteros”. “Leito sem mácula” significa, literalmente, “leito matrimonial”, “coabitação”, “relação sexual”, “lugar não manchado”. Fica claro que o compromisso com a fidelidade transcende os votos entre marido e mulher, tem relação direta com Deus; 3. AUTENTICIDADE. Escrevendo aos Romanos (12:9) o apóstolo Paulo ensinou que o amor tem que ser “sem hipocrisia”, ou seja, “não fingido, franco, sincero, sem dissimulação”. Em outras palavras, no casamento devemos ser o mesmo por fora e por dentro; 4. ACEITAÇÃO. Querer mudar o cônjuge sempre será um esforço inútil. Em Filipenses 2:3-4, Paulo diz: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”. Certamente, a aceitação mútua é um dos segredos da felicidade no casamento. Portanto, querer mudar o cônjuge é uma luta inglório. Somente o Espírito Santo de Deus pode mudar alguém; 5. SANTIDADE. De tudo que acima foi dito, o mais importante é que o casamento seja edificado sobre a rocha que é Cristo, para que a família não seja um “castelo de areia” (Mateus 7:26), visto que, “Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam” (Salmo 127:1). Deus abençoe os casamentos e os casados! Com casamentos fortes e famílias sólidas, o verdadeiro avivamento virá!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT
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