quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SEDE SANTOS, COMPLETAMENTE!


As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” (Salmo 19:14 - Leia Romanos 6:19; 2ª Coríntios 7:1 e 1ª Coríntios 9:1-27)

     
      Enfática e taxativamente a Bíblia diz: “Sede santos” e, explica: “porque Eu sou santo”. Não há dúvidas de que a Bíblia está falando de uma santidade psicossomática (uso esse termo conforme definição do Dicionário Aurélio: “Pertencente ou relativo, simultaneamente, aos domínios orgânico e psíquico”), ou seja, uma santidade que inclui o domínio sobre nosso corpo, alma, vontade, hábitos e pensamentos. Aliás, os nossos pensamentos são tão importantes para Deus, quanto as nossas ações e, portanto, são absolutamente conhecidos por Ele (Salmo 139:1-4).
            Como templo do Espírito Santo, devemos glorificar a Deus por completo, tudo que há em nós precisa estar sob o domínio do Espírito, por isso, a oração do salmista, precisa se transformar em nosso desejo e desafio diuturnamente, a saber: que “as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!”.
            É fato que os nossos apetites naturais foram criados por Deus e, na essência, não são pecaminosos, contudo, se os deixarmos sem o devido controle, rapidamente se transformarão em instrumentos de iniquidades e, como diz o apóstolo João em sua primeira epístola no capítulo 2: “16porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
            Logo, fortalecido pela força do poder de Deus, devemos sempre buscar e ter o domínio sobre o nosso corpo, bem como, sobre as nossas demais faculdades. Susana Wesley escreveu: “o que quer que aumente a força e autoridade do nosso corpo sobre a mente, isso é pecado”.
            Temos visto ao longo das pastorais anteriores, que a santidade é pessoal e deve ser praticada, e, tem que ser fruto de uma atitude de diligente obediência em todas as áreas da vida. Nesse sentido, além de fugirmos da tentação e da aparência do mal, temos que dar passos positivos e efetivos rumo à santidade. Em provérbios 27:12 o sábio diz: “O prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena”.
            Como atitude positiva, também, as palavras de John Owen (Teólogo Reformado Inglês 1616-1683): “trabalhar para conhecer as ocasiões e êxitos do pecado é o princípio para combatê-lo” e “o alvo da tentação é desonrar a Deus e abater a alma”.
            Devemos sempre nos lembrar de que Deus está interessado em regular tanto a nossa conduta externa, como também, a nossa disposição interna. Nesse sentido, não somente matar alguém é pecado, como também, odiar um semelhante. Por isso, o mesmo Deus que ordena não matar, também ordena não odiar, nem os inimigos.
            É verdade quando se diz: “a santidade começa na mente e se expressa por meio de ações”, o mesmo acontece com o pecado, também, começa na mente e se torna conhecido pelas ações. Daí a recomendação de Paulo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”; bem como, o seu contundente alerta: 3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. 5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Efésios 5:3-6).
            À luz de tudo que já foi dito, fica claro que a santidade pessoal e prática é um desafio psicossomático, ou seja, devemos ser santos por completo. Devemos guardar a mente e as emoções, bem como, combater os hábitos de pecados que estão dentro de nós. “A batalha pela santidade tem que ser travada em duas frentes, interna e externa, somente assim, veremos progresso no sentido da santidade”.
            Finalizando, nunca é demais ressaltar que no caminho da santidade não há atalhos e o segredo do sucesso está nas palavras do salmista: “9 De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra. 10 De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos. 11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119), bem como, nas recomendações do apóstolo Paulo: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2ª Coríntios 7:1). Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

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