segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nossa visão sobre os Grupos Pequenos

            Os grupos pequenos desde os primórdios da Igreja Cristã têm sido usados como poderosas ferramentas para a evangelização, discipulado, pastoreio e edificação da Igreja. Sem dúvidas, a despeito dos exageros, das inovações antibíblicas praticadas em muitos arraiais evangélicos, neo-evangélicos e pseudo-evangélicos, a relevância e indispensabilidade dos grupos pequenos são indiscutíveis.
            De fato, o “Evangelhodas insondáveis riquezas de Cristo” deve ser sempre anunciado, quer seja publicamente, como também, de casa em casa. A Igreja deve “testificar tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo]”. Em face desse sublime compromisso, os grupos pequenos, formados de 7 a 14 pessoas, que se reúnem de forma regular (normalmente uma reunião semanal), preferencialmente nas casas, para meditar na Bíblia, aprofundar seu relacionamento com Jesus e com as pessoas do grupo, indubitavelmente, se tornam grandes bênçãos no ministério de qualquer pastor e para a vida da Igreja.
            No caso da nossa Igreja Presbiteriana de Cuiabá (IPC), os nossos grupos pequenos existem com o objetivo principal de oferecer a cada frequentador ou membro da IPC, a possibilidade de “conhecer e prosseguir no conhecimento do Senhor Jesus”, de ter uma experiência real com Ele, e desenvolver relacionamentos pessoais saudáveis e de testemunho, a partir da experiência de estudar a Bíblia sistematicamente, na companhia de pessoas que também querem levar Deus a sério, num ambiente informal sem perder a reverência, propício ao desenvolvimento do conhecimento e cuidado mútuos, onde todos os membros do grupo “seguindo a verdade em amor, [cresçam] em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef. 4:15-16).
            Basicamente, entendemos que o segredo do sucesso dos grupos pequenos está nos seguintes princípios inegociáveis para a nossa Igreja, a saber:
1.      Compromisso com a Bíblia. Para nós a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, única regra de fé e prática para o crente, poderoso meio de graça, pelo qual os membros dos grupos crescem e se fortalecem. Por isso, tudo nos grupos pequenos gira em torno da Bíblia, na essência, eles existem para propiciar um espaço mais doméstico para o estudo da Bíblia e assim, suprir eventuais deficiências docentes da Igreja;
2.      Compromisso com a Oração. Cremos que a oração também é um meio de graça, pelo qual “o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo e, é indispensável na devoção pessoal”.Na visão do apóstolo Paulo é por meio da oração que o crente experimenta a paz e a consolação de Deus, bem como, se renda à Sua vontade (Filipenses 4:6-7);
3.      Compromisso com a Evangelização. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” sempre será uma ordem inegociável para Deus, portanto, sempre será a missão precípua da Igreja. “Levar para o Caminho os que estão a caminho, e torná-los verdadeiros seguidores de Jesus” deve ser compromisso dos grupos pequenos. Todo grupo tem que procurar as melhores formas para evangelizar e crescer. A falta da evangelização, certamente, será fatal para qualquer grupo;
4.      Compromisso com a Comunhão Integral. Quando o apóstolo João diz“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” ele está ratificando as palavras do apóstolo Paulo, quando fala de “exortação em Cristo, consolação de amor, comunhão do Espírito, entranhados afetos e misericórdias”. Comunhão Integral significa amar, perdoar, consolar, exortar, encorajar e cooperar mutuamente, levando “as cargas uns dos outros”. Nos grupos pequenos tal tarefa, certamente, se torna mais amena e consequentemente, mais eficaz;
5.      Compromisso com o Serviço (Testemunho vivo). Sabemos que a missão da Igreja no mundo é ser como Cristo em tudo. Assim, pois, ao levar às últimas consequências o exemplo de Cristo na encarnação, a Igreja não poderá fazer menos que se fazer consciente do contexto social e político dentro do qual se movimentam os que ouvem a sua mensagem. Isto somente poderá ser cumprido se a Igreja encarnar o seu papel de ser uma comunidade de homens no meio dos homens, o que exigirá um caráter sacrificial de ENTREGA E SERVIÇO. Os que são de Cristo têm o espírito de serviço de Cristo! A vida nova com Cristo significa uma atitude nova diante de Deus e do próximo, uma nova maneira de ver as coisas.  Os grupos proporcionarão a oportunidade dos membros aprofundarem mais na dimensão total da mudança que Cristo opera na vida dos Seus escolhidos.

            Finalizando, na IPC entendemos que os grupos pequenos, com líderes bem formados e coordenados, focados na visão pré-estabelecida (nunca independentes da Igreja), serão de incomparável valor para auxiliar a Igreja no cumprimento integral da sua missão, além de contribuírem para a integração dos novos membros, para formação de novos líderes, bem como, para o discipulado que transforma e prepara o crente para ser diferente e fazer a diferença. É assim que vemos os grupos pequenos e é assim que eles existem e são ferramentas abençoadas por Deus em nossa Igreja. Toda glória ao Trino Deus.
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB de Cuiabá

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...