quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A RECOMPENSA DA SANTIDADE


“3 Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? 4 O que é limpo de mãos e puro de coração,  que não entrega a sua alma à falsidade,  nem jura dolosamente. 5 Este obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação” (Salmo 24: 3-5).

            Face à nossa convicção de que a Igreja, para cumprir eficazmente a sua missão, precisa experimentar um grande e genuíno avivamento, nas últimas seis pastorais publicadas em nosso boletim, tratamos da santidade pessoal, psicossomática e prática, como condição ‘sinequanon’, sem a qual, a Igreja não será diferente e não fará a tão desejada diferença.
            Aprendemos que a santidade é pessoal, mas não é exclusividade de uma pessoa, é proposta de Deus para todos os crentes. Vimos que ela exige o pagamento do alto preço de uma mudança radical, uma literal mudança de reino, incluindo o domínio sobre o corpo, alma, vontade, hábitos e pensamentos, que começa na mente e se torna conhecido pelas ações.
            Do ponto de vista teológico destacamos que a santificação é o processo e a santidade o resultado desse processo. “Através da santificação, o cristão se torna santo e adquire santidade”. Conforme expressa o teólogo reformado Louis Berkhof (1873-1957): “santificação é a graciosa e contínua operação do Espírito Santo mediante a qual ele purifica o pecador, renova toda a sua natureza segundo a imagem de Deus e o capacita a praticar boas obras”. E, como diz o professor e historiador da IPB, Rev. Dr. Alderi Matos: “a santificação naturalmente leva a uma vida de boas obras (os frutos da santificação). As boas obras dos crentes não são meritórias, embora Deus prometa recompensá-las com uma recompensa da livre graça”.
            Destacamos, também, que a santidade (o propósito da santificação) é gradual e envolve dois aspectos, sendo um positivo e outro negativo, a saber: o “despir do velho homem com os seus feitos” e, o “revestir do novo homem criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.
            O renomado teólogo contemporâneo J. I. Packer (1926 - Autor de vários livros e, entre os publicados em português estão: “A oração do Senhor”, “Havendo Deus falado”, “Religião vida mansa”, “A redescoberta da santidade” e “Nunca perca a esperança” – todos publicados pela nossa Editora Cultura Cristã) muito bem, sintetiza os seguintes princípios sobre a santidade: “1). A natureza da santidade é transformação através da consagração (Rm 12.1s); 2). O contexto da santidade é a justificação por meio da fé em Cristo; 3). A raiz da santidade é a crucificação e a ressurreição com Cristo; 4). O agente da santidade é o Espírito Santo que habita no crente (o poder de Deus); 5). A experiência da santidade exige esforço e conflito (o valor das provações); 6). A regra da santidade é a lei de Deus (obediência); 7). O coração da santidade é o espírito de amor”.
            A nossa Confissão de Fé (Westminster) com profundidade resume a teologia da santificação com as seguintes palavras: “I. Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são, além disso, santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus. II. Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne. III. Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que ficam, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, a parte regenerada do homem novo vence, e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (CAP. XIII).
            Diante de tudo que estudamos, a conclusão é que o único caminho, que verdadeiramente, agrada a Deus é o caminho da santidade. E, na realidade, a decisão, a responsabilidade e o privilégio de ser santo são nossos e, experimentar a plenitude de gozo e alegria que Cristo prometeu àqueles que vivem uma vida de obediência, é a nossa mais valiosa recompensa. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens” (Romanos 14:17-18).
            Finalmente, sobre a recompensa da santidade, concluímos com as palavras de Jesus: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15:10-11). Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

Um comentário:

  1. não entendi a foto da coroa de louros, uma vez que esse símbolo tem origem no mito de Dafne e Apolo não pode ser usado em um site Cristão.

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