terça-feira, 22 de março de 2011

A SANTIDADE EXIGE MUDANÇA RADICAL





 “[...] 12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça [...] 20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. 21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. 22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; 23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:1-23 leia todo o texto).

            Com o objetivo de animar e instrumentalizar os crentes (“eleitos”), “forasteiros da dispersão”, para que permanecessem firmes em meio às aflições e perseguições e, mantivessem uma conduta pura, digna daqueles que professam a fé em Jesus Cristo, o apóstolo Pedro exorta-os à santidade nos seguintes termos: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1ª Pedro 1:13-16).
            Tal posição fundamenta ainda mais a nossa certeza de que a Igreja não conseguirá cumprir a sua missão eficazmente, se cada crente não buscar a santidade pessoal e prática.
            Da mesma forma o apóstolo Paulo, em todas as suas epístolas, consigna com clareza essa mesma verdade, ou seja, nunca experimentaremos o verdadeiro avivamento, se não pagarmos o preço da santidade pessoal.
            No texto áureo desta pastoral, mais uma vez, Paulo aparece admoestando e exortando os crentes quanto à vida de santidade, uma vez livres do pecado pela graça, é mister que cresçamos em santidade.
            A admoestação áurea é: em Cristo estamos mortos para o pecado e prontos para a ressurreição para a vida eterna. Logo, por estarmos mortos para o pecado, por meio da nossa união com Cristo, não podemos deixar que o pecado reine em nosso corpo mortal. Quando Paulo diz: “Mortos para o pecado”, ele quer dizer que “nós morremos para o domínio do pecado”. Antes de nossa união com Cristo, estávamos no reino de satanás e do pecado (Ef 2:2); estávamos sob o poder de satanás (At 26:18); do domínio das trevas (Cl.1:13); escravos do pecado (Rm 6:17, 20). Todo aquele que viveu (e vive) depois de Adão, exceto Jesus, nasceu escravo no reino do pecado e de satanás. Mas, por meio da nossa união com Cristo na Sua morte, fomos libertos do reino do pecado e transportados para o reino de justiça. Em outras palavras (literalmente): o crente, em Cristo, morreu para o reino do pecado e ressuscitou para o reino de justiça.
            Tudo isso, até agora, Deus em Cristo fez por nós, contudo, ainda estamos em nosso corpo mortal, a ressurreição do corpo para a vida eterna ainda não aconteceu, por isso, precisamos entender que a experiência de santidade não é um dom que recebemos, mas algo que somos claramente exortados a buscar com esforço.  “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal”, fica claro que esta é a nossa responsabilidade. É nosso compromisso!
            Em Cristo, fomos libertos do reino do pecado, portanto, o pecado não pode reinar em nós. Se o deixarmos reinar em nosso corpo mortal, ele transformará os instintos naturais do corpo em sensualidade, os apetites naturais em indulgências, as necessidades naturais de roupas e agasalhos em materialismo, os desejos naturais em imoralidades. Parafraseando o sábio Agur, filho de Jaque, escritor do capítulo 30 de provérbios, o pecado nunca se farta, nunca diz: basta!
            As forças espirituais funcionam mais ou menos como uma guerra entre duas facções naturais do mesmo território, lutando pelo controle do país. A facção vencedora assume o controle, a derrotada instaura uma guerrilha, não para de lutar, nunca se dar por vencida e, insistentemente tenta voltar ao poder. Assim acontece com o cristão, satanás foi vencido e o seu reino de pecado derrubado, mas, em nosso corpo mortal, instaurou uma guerrilha. Por isso, desde a conversão, o crente está em constante guerra contra o pecado.
          É fato que o pecado ainda habita em nós e, infelizmente, ainda pecamos (1ª João 1:8, 10), contudo, como diz o apóstolo João: Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado(1ª João 1:8, 10).
            Cristo já nos libertou do reino do pecado, agora, a responsabilidade de resistir o pecado em nosso corpo mortal é nossa. DEUS NÃO VAI FAZER ISSO POR NÓS. Ele já nos deu as ferramentas e o Seu Espírito habita em nós e nos fortalece com a força do Seu poder. Portanto, a busca pela santidade pessoal e prática é nossa responsabilidade. “[...] tendes o vosso fruto para a santificação”. Não tenha dúvidas, A SANTIDADE EXIGE MUDANÇA RADICAL. Que venha o verdadeiro avivamento!
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá-MT

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