“Como cidade derribada, que
não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” (Provérbios 25:28).
Já sabemos que a obediência é a mola
mestra para o desenvolvimento do caráter cristão, visto quea santidade começa
na mente e se expressa nas ações e isto será impossível se não houver uma
atitude de diligente obediência em todas as áreas da vida. Nesse sentido, o
domínio próprio torna-se absolutamente indispensável. Na essência, a obediência
tem relação com retidão e prática, por conseguinte, sem a virtude do domínio próprio
(temperança), ninguém conseguirá ser obediente. A falta de temperança sempre
revelará um caráter deficiente!
Um
homem sem domínio próprio é um homem sem freios, vive desgovernadamente, se
torna um grande perigo para si e para os outros, principalmente, para os mais
próximos.
Na
visão do sábio Salomão, o homem sem domínio próprio assemelha-se a uma cidade
sem muros e, o justo que perde a temperança diante do perverso, a um poço
contaminado, fonte de água barrenta (Pv 25:26, 28).
Antigamente,
os muros de uma cidade eram extremamente importantes, representavam segurança e
garantiam proteção contra os ataques quase sempre cruéis e fatais dos inimigos.
Proporcionavam paz e vida aos seus moradores. Com sabedoria, o provérbio ensina
que quem não se domina é como uma cidade sem muros, por
conseguinte, encontra-se desprotegido. Autocontrole ou o domínio próprio é o
muro de defesa que se opõe aos desejos pecaminosos que fazem guerra contra a
alma. Sem autocontrole a pessoa se torna presa fácil para qualquer espécie de
invasor.
A
Bíblia fala da temperança
(domínio próprio) como uma das qualidades do fruto do Espírito (Gl5: 22-23).
Portanto, indispensável na prática cristã!
O
Novo Testamento usa duas palavras, comumente traduzidas por domínio próprio ou
temperança, a saber: “εγκρατεια” – “egkrateia” de “kratos” (força)
significa “autocontrole”, “temperança”,
“moderação”, “sobriedade” (virtude de alguém que domina seus desejos, paixões e
apetites) e, “σωφρων” – “sophron”
significa "sensatez",
"ser de mente sadia", “equilibrado” (moderação apropriada que não
deixa a pessoa ir além dos limites determinados, pessoa que freia os próprios desejos e impulsos).
Platão
fala de “egkrateia” como o domínio dos prazeres e dos desejos. Aristóteles
afirmou que: “À ‘egkrateia’ pertence a capacidade de refrear o desejo pela
razão” (Das Virtudes e dos Vícios, 5.1).
“Toda a iniquidade torna o homem
mais injusto, e a falta de domínio próprio parece ser [a mais terrível] iniquidade.
O homem descontrolado é o tipo de homem que age de conformidade com o desejo e de
modo contrário ao raciocínio e, descontrolado agirá injustamente, segundo o seu
desejo” (Ética a
Eudemo, 2.7.6).
Segundo o apóstolo Paulo, o cristão
precisa fazer uso correto das bênçãos concedidas por Deus, inclusive, da liberdade
recebida em Cristo, por isso disse: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade;
porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne”, e mais, “vede, porém,
que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os
fracos” (1 Co 8:9;Gl 5:13).
O domínio de si mesmo é algo extremamente difícil e somente o Espírito de
Deus poderá nos levar a alcançá-lo de modo pleno, no entanto, apesar de
difícil, é valioso devido às bênçãos que ele proporciona (Pv 16:32). Em termos Bíblicos e práticos, o
domínio sobre o desejo descontrolado e insaciável não poderá ser alcançado sem
o auxílio e a direção do Espírito Santo (Rm 8:12-14; Gl 5:22-23).
A
verdadeira santidade inclui o domínio sobre
o corpo e a mente. Deus exige santidade no corpo e nos pensamentos (1Co 9:27 e
2 Co 10:5). É nesse contexto, que o domínio próprio se reveste de essencial
importância para a credibilização do caráter (testemunho) cristão.
Seguir
a santidade significa reconhecer que o corpo é templo do Espírito Santo e que
devemos glorificar a Deus com ele, bem assim, que os nossos pensamentos devem
ser controlados e submetidos à obediência de Cristo Jesus. Paulo nos alerta
contra a possibilidade de controlar o corpo e deixar os pensamentos sem freios
(Cl 2:23).
O cristão precisa entender que os
seus pensamentos são tão importantes quanto as suas ações e que Deus tem
conhecimento de ambos. Deus deseja dominar todas as áreas da nossa vida! (Sl 139:1-4
e 1Sm 16:7; 1Co 7:9; 9:25; Tg 3: 2, 8).
Tenha sob absoluto domínio a mente, a
língua, a ira, o mau gênio, o temperamento, os complexos, a vaidade, as
circunstâncias, as emoções e os apetites da carne. Esta é uma tarefa que o
cristão não conseguirá sozinho. Busque o auxílio de Deus, mantenha comunhão com
Ele por meio da oração, leitura da Palavra e jejum.
Gostei muito texto, pastor!
ResponderExcluirParabéns! A paz do Senhor.
Excelente sem dúvidas!!!
ResponderExcluirExcelente sem dúvidas!!!
ResponderExcluirQue Deus venha me perdoar...me ajudar...por favor Senhor
ResponderExcluirComo eu preciso desse entendimento na minha vida! Frase do texto para minha reflexão: "Um homem sem domínio próprio é um homem sem freios...". Um veículo sem freios é muito perigoso. Viver sem domínio próprio (fruto do Espírito) é procurar problemas. Obrigado, pastor!
ResponderExcluirQue benção essa mensagem! Falou muito ao meu coração e me fez tomar decisões acertadas quanto ao preço a pagar para buscar a Deus e obter a ajuda do Espírito Santo para ter domínio próprio! Obrigada pastor e Deus continue te iluminando!
ResponderExcluirObrigado pastor
ResponderExcluirMuito bom o texto pastor. Me edificou muito!
ResponderExcluirGlória a Deus, foi muito útil , obrigado.
ResponderExcluirA paz do Senhor,pastor.Deus falou tudo que eu precisava ouvir através desses ensinamentos do senhor. Que Deus continue lhe abençoando!Fui buscar o significado do provérbio que Deus falou comigo e a explicação do irmão foi exatamente. Fique na Paz do Senhor.
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