quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O nosso Pai de amor é Deus de toda consolação!


Orarás naquele dia: Graças te dou, ó Senhor, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas.Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação.Direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome.Cantai louvores ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra.Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti (Isaías 12:1-6).
           
            A despeito de inexplicável, por experiência da nossa alma, já sabemos que o cuidado de Deus por nós é “assombrosamente maravilhoso” e está fundamentado no Seu caráter Onisciente, Onipotente, Onipresente, Sábio, Soberano, absolutamente Bondoso e Misericordioso e, se manifesta em nosso favor de maneira protetoral, provisional e consolativa, o que nos dá segurança e nos faz descansar nEle.
            Saber que Deus, o nosso Pai de amor é bom e misericordioso, que bondade e misericórdia sempre (eternamente) farão parte de Seu ser, e que nós, Seus filhos, sempre seremos alvos dos Seus cuidados, não por nós, mas por Ele mesmo, é extremamente consolador, contudo, a Bíblia além de nos revelar um Deus que nos protege e que nos sustenta (supre as nossas necessidades), apresenta-nos um Deus que nos consola, que nos envolve em “seus braços”, que enxuga dos nossos olhos todas as lágrimas e que nos ajuda em nossas dores e sofrimentos.
            Não sabemos por que Deus cuida de nós, mas sabemos que Ele cuida!
            Entretanto, a Bíblia nos alerta sobre o inexorável fato dos sofrimentos, aflições, tribulações, privações e provas e, enfaticamente diz: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas” (Salmos 34.19).
            A Bíblia tem muito que dizer sobre os sofrimentos e, de forma geral, na maioria dos casos, de forma positiva. Embora, a disposição religiosa prevalecente não seja favorável à doutrina do sofrimento, precisamos entender que tal assunto recebe tratamento especial nas Escrituras, por isso, não pode ser tratado com displicência ou leviandade, como algo de somenos importância. Tal doutrina merece reverente e cuidadosa atenção dos filhos de Deus.
            Desde o primeiro choro ao nascer, até ao último e angustiado suspiro, a dor e os sofrimentos, de alguma forma ou intensidade, seguirão os passos dos seres humanos. A despeito do credo religioso, todos, nesta vida, estão sujeitos aos mais variados tipos de sofrimentos (perdas, explorações, pesares incontáveis, decepções, frustrações, separações, traições e dores, etc...). Ademais, existem os sofrimentos que são conhecidos (experimentados) somente pelos cristãos. É o sofrimento voluntário, a que o cristão se sujeita consciente e deliberadamente por amor a Cristo (2ªTm 2:8-9).
            Sendo assim, ser-nos-á recompensador saber o que Deus nos ensina nas Escrituras sobre os sofrimentos, bem como, que Ele sempre nos conforta em meio às tormentas. O nosso Pai de amor nunca fica alheio à dor dos Seus filhos, como expressou o poeta: “Não penses que um suspiro possas dar que o teu Criador não esteja bem a par; não penses que à tua lágrima de dor perto de ti não esteja o teu Criador”.
            Nesta oportunidade estudaremos sobre o cuidado consolativo de Deus: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação [...]” (2ª Coríntios 1:3-4).
            O texto paulino revela-nos o velho apóstolo exaltando a Deus por ser Ele “Pai de misericórdias e Deus de toda consolação”. A despeito de todas as tribulações, angústias, sofrimentos e até mesmo o desespero, Paulo exalta a Deus que em todos os momentos o cobriu com a Sua terna consolação.
            A palavra CONSOLAÇÃO (do grego“Parakletos”) significa “encorajamento”, “exortação”, “consolo”, “socorro”, “colocar-se ao lado de”.Em apenas cinco versículos (2ª Co 1:3-7),esta palavra em suas várias declinações aparece 10 vezes. Isto mostra que a intenção do apóstolo era deixar claro que o nosso Pai é “Deus consolador”, visto que, em sua visão, a vida cristã envolve sofrimento e a consolação de CRISTO.
            Com a mesma convicção do salmista no Salmo 94:19 (“Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma”), Paulo ensina que as aflições abundantes são contrabalançadas por um consolo transbordante (Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” - 2ª Co 1:5).O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste (Rm8:35-39).
            Em 2ª Co 1:6, o apóstolo diz que o propósito das tribulações se relaciona com o nosso“consolo” e “salvação”. Entendendo assim, aprenderemos a louvar a Deus em todas as situações de nossas vidas. O consolo e a salvação de Deus se manifestam no momento em que aceitamos os Seus desígnios, mesmo quando não os entendemos. “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2ª Co 12:9). Samuel Rutherford (pastor e teólogo escocês, membro da Assembleia de Westminster – 1643) dizia: “louvai a Deus pelo martelo, pela lima e pela fornalha”.
            “…o Deus de toda consolação”.Todos os nossos confortos vêm de Deus, isto é, a ajuda e o conforto que desejamos estão nEle. Contudo, não podemos nos esquecer de que o consolo com que Deus nos consola, serve de experiência que nos capacita a consolar os outros (2ª Co 1:4).
            Deus sempre nos conforta, isto significa que:sempre nos encorajará nos momentos difíceis; sempre nos socorrerá  nas provas e tentações (Sl 38:22; 40:13 e Hb 2:18); sempre nos consolará nas dores e angústias.
            É por demais gratificante, saber que o nosso Pai de amor sempre nos consola. O crente, impreterivelmente, passará por muitas aflições, provas e tentações, mas o Senhor sempre o ajudará a enfrentá-las(HNC 165).Deus não nos deixa sós!"Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes" (Rm12:12).
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá

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