10 “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas
em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.16 E
nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que
permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 19 Nós
amamos porque ele nos amou primeiro. 21 Ora, temos, da
parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”
(1ªJoão 4:7-21).
Ao
longo desta série de pastoraisestudamos sobre “DEUS
COMO PAI DE AMOR”. O
grande privilégio, diga-se de passagem, exclusivo dos cristãos verdadeiros, é
contemplar Deus como Pai de amor. “Vede que grande amor nos tem
concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos
filhos de Deus” (1ªJo 3:1).
Exploramos
não somente o que as Escrituras dizem a respeito de Deus como o nosso Pai de
Amor, mas também, como podemos experimentar, ao máximo, o amor deste
Pai amoroso. Como usufruir deste relacionamento de amor com o nosso Pai.
Vimos
que a despeito de nós, “Deus nos amou primeiro” e sempre nos amará. Deus nos
amou porque Ele é amor e, pelo fato de ser
imutável, Deus sempre age conforme é, por conseguinte, como é “UNO” (uma
unidade), jamais suspende um dos Seus atributos em detrimento de outro. Deus é auto
existente e eterno, por isso, o Seu amor não teve início, não tem fim e
nem limites; e, como é santo, o
Seu amor é puro e verdadeiro.
O amor de Deus, cuja causa está em si mesmo, a despeito de ser
inexplicável, pode ser experimentado por todos os eleitos. Por amor, o Pai
celeste cuida dos Seus filhos, dando-lhes a segurança de que Ele nunca os deixará, nem os abandonará e jamais desistirá deles, além
de sempre consolá-los em todas as suas aflições, sem contudo, deixar de
corrigí-los, quando necessário, para que eles sejam cada vez mais capacitados e
habilitados para participarem da santidade de Jesus.
Na essência, o grande objetivo de
Deus, o nosso Pai de amor, “Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação” é que sejamos como Jesus em tudo (“Ora, como
recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,nele radicados, e
edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações
de graças” – Cl 2:6-7).
O
apóstolo João resume muito bem o assunto quando diz: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1ªJo 3:2).
A
natureza do amor é ativa, criativa e benigna. Assim, onde houver amor, ele sempre
terá a necessidade de dar, de compartilhar, de se envolver, independentementedo
preço a pagar. Como filhos do amor, Deus quer que amemos em todas as
circunstâncias(2ªCo 5:17).
Devemos
amar porque “Ele nos amou primeiro" (1ªJo 4:19), isto significa que sem receber esse amor, certamente, nunca
poderemos amar verdadeiramente. Em outras palavras, para nós (os crentes), a
resposta ao amor de Deus é amarmos de volta, não apenas a Deus, mas também,indistintamente
a humanidade.
Não
há dúvidas, Deus nos amou (e nos ama) altruisticamente, sem quaisquer
condições, contudo, espera que vivamos esse amor na prática (Mt. 22:37-40).“Novo mandamento vos dou: que vos
ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos
outros.Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns
aos outros” (Jo 13:34-35).
A
prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da
nossa salvação.O amor mútuo prova que nascemos de novo, que estamos emDEUS e
Ele em nós.
Claramente
a Bíblia nos ensina que é impossível desassociar a fé da conduta (do testemunho
prático), visto ser natural o comportamento refletir a crença. A coerência
entre a fé e prática cristã, vivenciada pelo amor, é indispensável para que
sejamos reconhecidos como discípulos de CRISTO. O amor é a identidade e a marca
distintiva do cristão! Expressar amor ao próximo é algo inerente à natureza
daquele que é filho de DEUS. Podemos dizer que o amor confirma a filiação
divina (1ªJo 4:7).
O amor nos faz amar e
o amor de CRISTO é o padrão para amarmos os outros, mesmo com custo pessoal e,
se amamos uns aos outros, o amor Deus é em nós aperfeiçoado (1ªJo 4: 12).
Por fim, o amor não pode,
por um lado, ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Como cristãos,
nossa cristologia só será autêntica se expressar o verdadeiro amor (Ef 5:1-2).
Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. “Aqueles que são
filhos de DEUS amam ao próximo, confessam que JESUS é o Filho de DEUS e confiam
no amor divino”.O amor é o assunto principal da Bíblia e a razão de existir do
cristianismo. Se somos discípulos de Cristo, obrigatoriamente, refletimos o
amor de DEUS em todas as nossas atividades.
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da
IPB Central de Cuiabá
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