quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O amor nos faz amar!


10 “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1ªJoão 4:7-21).

            Ao longo desta série de pastoraisestudamos sobre “DEUS COMO PAI DE AMOR”. O grande privilégio, diga-se de passagem, exclusivo dos cristãos verdadeiros, é contemplar Deus como Pai de amor. Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus” (1ªJo 3:1).
            Exploramos não somente o que as Escrituras dizem a respeito de Deus como o nosso Pai de Amor, mas também, como podemos experimentar, ao máximo, o amor deste Pai amoroso. Como usufruir deste relacionamento de amor com o nosso Pai.
            Vimos que a despeito de nós, “Deus nos amou primeiro” e sempre nos amará. Deus nos amou porque Ele é amor e, pelo fato de ser imutável, Deus sempre age conforme é, por conseguinte, como é “UNO” (uma unidade), jamais suspende um dos Seus atributos em detrimento de outro. Deus é auto existente e eterno, por isso, o Seu amor não teve início, não tem fim e nem limites; e, como é santo, o Seu amor é puro e verdadeiro.
            O amor de Deus, cuja causa está em si mesmo, a despeito de ser inexplicável, pode ser experimentado por todos os eleitos. Por amor, o Pai celeste cuida dos Seus filhos, dando-lhes a segurança de que Ele nunca os deixará, nem os abandonará e jamais desistirá deles, além de sempre consolá-los em todas as suas aflições, sem contudo, deixar de corrigí-los, quando necessário, para que eles sejam cada vez mais capacitados e habilitados para participarem da santidade de Jesus.
            Na essência, o grande objetivo de Deus, o nosso Pai de amor, “Pai de misericórdias e Deus de toda consolação” é que sejamos como Jesus em tudo (Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” – Cl 2:6-7).
            O apóstolo João resume muito bem o assunto quando diz: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1ªJo 3:2).
            A natureza do amor é ativa, criativa e benigna. Assim, onde houver amor, ele sempre terá a necessidade de dar, de compartilhar, de se envolver, independentementedo preço a pagar. Como filhos do amor, Deus quer que amemos em todas as circunstâncias(2ªCo 5:17).
            Devemos amar porque “Ele nos amou primeiro" (1ªJo 4:19), isto significa que sem receber esse amor, certamente, nunca poderemos amar verdadeiramente. Em outras palavras, para nós (os crentes), a resposta ao amor de Deus é amarmos de volta, não apenas a Deus, mas também,indistintamente a humanidade.
            Não há dúvidas, Deus nos amou (e nos ama) altruisticamente, sem quaisquer condições, contudo, espera que vivamos esse amor na prática (Mt. 22:37-40).Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34-35).

            A prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.O amor mútuo prova que nascemos de novo, que estamos emDEUS e Ele em nós.
            Claramente a Bíblia nos ensina que é impossível desassociar a fé da conduta (do testemunho prático), visto ser natural o comportamento refletir a crença. A coerência entre a fé e prática cristã, vivenciada pelo amor, é indispensável para que sejamos reconhecidos como discípulos de CRISTO. O amor é a identidade e a marca distintiva do cristão! Expressar amor ao próximo é algo inerente à natureza daquele que é filho de DEUS. Podemos dizer que o amor confirma a filiação divina (1ªJo 4:7).
            O amor nos faz amar e o amor de CRISTO é o padrão para amarmos os outros, mesmo com custo pessoal e, se amamos uns aos outros, o amor Deus é em nós aperfeiçoado (1ªJo 4: 12).
            Por fim, o amor não pode, por um lado, ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Como cristãos, nossa cristologia só será autêntica se expressar o verdadeiro amor (Ef 5:1-2). Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. “Aqueles que são filhos de DEUS amam ao próximo, confessam que JESUS é o Filho de DEUS e confiam no amor divino”.O amor é o assunto principal da Bíblia e a razão de existir do cristianismo. Se somos discípulos de Cristo, obrigatoriamente, refletimos o amor de DEUS em todas as nossas atividades.
Pr. Marcos Serjo
Pastor Sênior da IPB Central de Cuiabá

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